O número de imóveis com a presença de larvas do Aedes aegypti em Araçatuba apresentou queda, de acordo com o Índice Predial (IP) deste mês, registrando 2,17%, valor bem inferior aos 3,45% apurados em janeiro. Apesar da diminuição, o resultado está acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que deve ser inferior a 1%, colocando o município em situação de alerta.
Esse é o terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) do ano feito pela Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), da Secretaria Municipal de Saúde. No segundo levantamento, realizado em maio, o índice foi de 2,8%.
O trabalho foi realizado de 1º a 7 de julho, sendo percorridos 836 quarteirões e vistoriados 4.157 imóveis, distribuídos em todos os territórios de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. A atividade contou com 60 agentes de combate às endemias e 14 supervisores de equipe.
CRIADOUROS
Ao todo, foram encontrados 99 criadouros com larvas que estavam, principalmente, em vasos de plantas com água, pratos pingadeiras, ralos internos e externos, latas, baldes, regadores, lonas, sucatas, pneus e também em recipientes de consumo animal.
Segundo o gerente de campo da UVZ, Guilherme Santos, a cidade foi dividida em oito áreas para o levantamento. Os territórios das UBSs com os maiores índices foram: Engenheiro Taveira, Atlântico, Jardim TV, Dona Amélia, Morada dos Nobres, Umuarama e Alvorada.
“O LIRAa é fundamental para mensurar o nível de infestação por Aedes aegypti em áreas específicas. Os dados obtidos auxiliam na avaliação das ações executadas e vão nos ajudar a definir as áreas prioritárias de atuação, fortalecendo as estratégias de controle vetorial”, explicou.
PREVENÇÃO
As ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti são permanentes e tratados como prioridade pelo governo municipal. Diariamente os agentes fazem visitas casa a casa para controle e eliminação de criadouros, além de nebulização feita pela equipe de endemias.
Também são realizadas vistorias em imóveis especiais, escolas, supermercados e fábricas; fiscalização em pontos estratégicos, como borracharias; ações de manejo ambiental e incentivo à vacinação contra a dengue para o público-alvo.
Eliminação de recipientes que possam acumular água, limpeza frequente de calhas, ralos e bebedouros de animais, deixar pneus em locais cobertos, evitar o uso de pratos sob vasos de plantas e permitir a entrada dos agentes nas residências continuam sendo medidas essenciais no combate ao mosquito.
DADOS
Desde o início do ano, 10.233 pessoas contraíram a dengue e nove faleceram por complicações da doença. Outros 19.263 casos foram descartados e 14 estão em investigação, totalizando 29.510 notificações. A cidade também confirmou 39 casos de chikungunya. Não há registro de zika vírus.