A Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) vistoriaram 149 imóveis fechados durante ação conjunta inédita realizada para combater focos do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, em Araçatuba.
Do total de propriedades visitadas, em 23,5% foram encontradas larvas do mosquito em ralos internos e externos, vasos sanitários e caixas de gordura. Já em 67,1% dos imóveis foram identificados recipientes com água parada, sem larvas, sendo desprezadas.
As equipes realizaram o controle químico, aplicando larvicida nos criadouros, procedimento feito também em reservatórios sem a presença de larvas. Vasos sanitários foram vedados. Já os fiscais do Creci instalaram tapa ralos nos banheiros e um selo de vistoria indicando que os imóveis foram inspecionados.
MODELO INÉDITO
O chefe do Departamento de Delegacias do Creci-SP, Marco Aurélio Rios Fernandes, afirmou que a ação em Araçatuba, com participação dos fiscais do conselho, é inédita. “Como foi muito positivo, vamos usar de modelo para realizar a mesma ação em outros municípios”, revelou, acrescentando que a ação foi produtiva e gerou a conscientização da classe dos corretores.
A força-tarefa teve início na última terça (10) e se estendeu até esta sexta-feira (13), visando atingir mais imóveis disponíveis para venda ou locação, considerados potenciais criadouros do mosquito. O trabalho aconteceu em diversas regiões da cidade.
A iniciativa contou com a participação de 20 profissionais de saúde, entre agentes de combate às endemias e supervisores, além de 10 fiscais do Creci vindos da capital paulista. O trabalho foi acompanhado por representantes das imobiliárias, responsáveis pela abertura dos imóveis.
“A parceria com o Creci e o setor imobiliário foi fundamental para mobilizar e fortalecer as iniciativas de prevenção e cuidado, reforçando o compromisso da administração municipal com a saúde pública”, ressaltou o gerente de campo da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), Guilherme Santos.
COMBATE
A diretora da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, Priscila Cestaro, destacou que a parceria foi fundamental para o trabalho dos agentes. “Os imóveis fechados representam um desafio enorme no controle do Aedes. Com o apoio do Creci, atuamos de forma mais eficaz na eliminação de criadouros”, afirmou.
Priscila reforçou que a população também tem papel essencial na luta contra o mosquito. “É importante que cada cidadão faça a sua parte para evitar a proliferação do mosquito, não deixando água parada em recipientes e permitindo a entrada dos agentes nos imóveis para as vistorias”, completou.
De 1º de janeiro até esta sexta-feira (13), 10.118 pessoas contraíram a dengue e nove faleceram por complicações da doença. A cidade também confirmou 37 casos de chikungunya, sem mortes. Até o momento, não foram registrados casos de zika vírus.